Na Metrópole: O poder do Boca a Boca

13 de mar. de 2007

O poder do Boca a Boca

O mercado está mudando. Globalização, novas tecnologias de informação como a Internet e a TV digital mostram que o mercado não é mais o mesmo. Por isso, antigas técnicas de propaganda, que antes eram tidas como eternas, não estão fazendo efeito no público consumidor. Atingiram seu auge e agora estão enfrentando um forte declínio. Saturação do mercado, credibilidade da propaganda e segmentação da mídia são alguns dos fatores que contribuem para este cenário.

Não podemos afirmar que os meios de propaganda de massa como a televisão, jornal e rádio vão ser totalmente substituídos, eles foram os grandes responsáveis pelo enorme poder das marcas, como McDonalds, Coca-Cola e muitas outras. Esses meios sempre existirão, mas em um mercado de mudanças constantes, sua força já não é a mesma, eles não conseguem fazer todo o trabalho sozinho. Comerciais de 30 segundos já não encantam o público como antigamente e dificilmente provocam a ação para que se concretize uma venda.

Ao mesmo tempo que as pessoas estão assistindo menos televisão e outros meios tradicionais de mídia, a força do boca a boca aumenta, se recorre aos amigos e pessoas de confiança procurando informações imparciais. As empresas tem que se concientizar de que não estão vendendo para uma pessoa e sim para um rede complexa de relacionamento e que a experiencia com seu produto vai determinar o teor das mensagens que circularão por essas redes.







Se naturalmente já estamos conectados a dezenas de pessoas, as tecnologias de comunicação proporcionaram um aumento em nosso número de conexões. É difícil precisarmos um número e seria mais difícil ainda traçarmos um gráfico com as conexões de algum individuo. As redes são muito complexas

Devido às interações proporcionadas pelas novas tecnologias de comunicação, as redes de conexões das pessoas aumentaram consideravelmente. Segundo estudo do instituto Arthur D. Little (2005), em 1900, as pessoas se comunicavam regularmente com 10 a 20 pessoas (pessoalmente ou através de carta); em 1990, com 50 a 100 pessoas graças à telefonia fixa; e, em 2000, com 100 a 300 pessoas graças à telefonia fixa e móvel e principalmente à Internet.

Esse quadro de tecnologias emergentes, especialmente a Internet, que aumentou o valor dos vínculos entre as pessoas, propiciou também que a Comunicação Boca a Boca, antes realizada apenas off-line pudesse ser amplamente utilizada no ambiente virtual.

O boca a boca on-line possui os mesmo objetivos do boca a boca off-line, fazer com que determinado produto ou serviço seja comentado para outras pessoas, gerando assim um Buzz. Porém, o boca a boca on-line usufrui das facilidades proporcionadas pela Internet e suas ferramentas, sendo também chamado de Marketing Viral, ou seja, a comunicação boca a boca amplificada pelo poder de alcance da internet.


Como bem comentou Gustavo Fortes da Agência de Guerrilha Espalhe, existem 2 tipos de comunicação boca a boca:

Orgânico: acontece naturalmente, normalmente gerado pelo próprio produto, que possui características inovadoras e que entusiasmam as pessoas a transmitir a mensagem.
Semana passada uma funcionária aqui da agência foi ao dentista e enquanto era atendida, assistiu um dvd em uma tela acoplada a cadeira do médico (fico devendo a foto). Inovador e surpeendente, gerando boca boca totalmente favorável ao profissional.

Amplificado: é um boca a boca construído com a intenção de que o produto ou empresa seja comentado.

Um cartoon que resume muito bem o que falei até agora.

Para saber mais, muito mais:

Bibliografia recomendada:

Buzz: a Era do Marketing Viral
Buzz Marketing: Sua Marca na Boca do Cliente
Buzzmarketing: Criando Clientes Evangelistas
The Anatomy of Buzz

Referências na Web:

Blog de Guerrilha
Chetochine
Culture Buzz

Se tiverem outros livros e referências comentem ae!

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3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Curioso, esse era exatamente o tópico que eu e o Silvio estávamos discutindo hj pela manhã e que, talvez, vire a base da minha monografia. Estávamos discutindo o poder da CGM como via de resposta aos modelos usados no marketing tradicional e a consequente geração do Buzz, amplificado pelo poder midiático da web. É o boca a boca em escala massiva, gerando propaganda espontânea e fazendo seleção natural da oferta. Daqui a pouco as agências vão acabar reforçando o departamento de relações públicas e demitindo o RTVC. Sinal dos tempos... Valeu as dicas de bibliografia, vou dar uma verificada. O blog está nota 10. Abraço moçada, parabéns pelo trabalho.

13/03/2007, 14:38  
Anonymous Anônimo disse...

Grande Vanassi!

É isso mesmo. Um livro indispensável e que fala sobre o poder da Relações Públicas e critica duramente a Propaganda tradicional é "A queda da Propaganda" do Al Ries.

Tenho todos os livros citados ali e se quiser ler minha mono, falei justamente sobre isso.

Valeu!
Grande Abraço

13/03/2007, 14:45  
Anonymous Anônimo disse...

Grande Bedin!
Muito bom, desconfiei que tu tinha os livros, hehehe, fico muito agradecido, se eu realmente ficar nesse assunto, com certeza irei explorar tua bibliografia e obra. Vou discutir hj com meu orientador, acredito que meu foco vai ser diferente, não ficarei no Buzz propriamente dito, farei uma análise dos meios da CGM na web e da forma como estão danando a mídia tradicional, focando na via de retorno das mensagens publicitárias. Mas não está nada definido, ainda tenho um longo caminho pela frente. Abração.

13/03/2007, 17:38  

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